antes que eu confunda o domingo, o domingo com a segunda
Bom dia pessoal, Segunda passada, dia 19, eu escrevi e postei um texto no medium . Não consegui me segurar e coloquei um pouco de prosa no final, mas, de resto, é um poema (mandei pra minha amiga dizendo que tinha escrito "um treco", ela que me disse que era um poema). Aos oito, nove anos tive uma fase que escrevia poesia, mas, depois disso, nunca mais. Pouco depois de postar o texto novo, pensei "nossa, o primeiro texto que eu postei foi lá pelo começo da quarentena, quando será que foi?". Fui checar e lá estava a data: 19 de abril de 2020. Exatamente um ano antes. Muito doido ver como, em um ano, muita coisa mudou e ao mesmo tempo muita coisa ficou igual. Isso vale para praticamente todos os aspectos da minha vidinha, mas, por questão de brevidade, vamos focar nessa questão da escrita mesmo. No do ano passado, como falei na primeira cartinha (um salve pros meus sete inscritos iniciais!), pedi a opinião de quinze amigos (+ uns dois parentes) antes de postar, não porque achava que tinha ficado ruim, mas porque achava que as pessoas iam ficar "ué, mas por que a Laura tá postando isso?", como se eu precisasse de alguma razão pra compartilhar. Queria poder me auto-justificar dizendo "ah, meus amigos que falaram pra eu postar". O desse ano, pedi algumas opiniões para ver que rumo dava para o texto mas, antes das respostas terminarem de vir, já mandei um "opa, postei!" seguido do link. Tinha gostado do que eu tinha feito e estava animada pra por no mundo. Nos dois casos, fiquei acompanhando animada cada curtida e atualizando o site pra ver o número de leituras (preciso admitir esse defeito pra vocês, me importo com esses números mais do que deveria), feliz com a repercussão positiva mas também apreensiva pensando "hmmm será que vão achar nada a ver". Uma Laura completamente diferente mas ao mesmo tempo a mesmíssima. Quem já me ouviu falar, seja pessoalmente, seja por áudio, sabe que é uma bagunça. Penso mil coisas ao mesmo tempo e tento, em vão, expressar todas simultaneamente. Mudo de rumo no meio da frase, como palavras importantes, tenho muitos vícios de linguagem e falo muito muito rápido. Já na escrita, acho que trago um pouco de tudo isso, mas consigo ordenar melhor as ideias. O propósito dessa newsletter era me fazer escrever mais, e está funcionando muito bem. Tô pouquíssimo inspirada hoje, mas tô aqui escrevendo. E, o mais incrível: você está aí lendo. Então vou aproveitar então pra lançar um brega e sincero "obrigada." Tá sendo incrível escrever toda essa semana e mais incrível ainda os desdobramentos que as cartinhas trazem. Tô me achando toda com isso, nos dois sentidos.
Indicações da semana:
Esse artigo do New York Times (em inglês) sobre essa sensação de estagnação e falta de propósito que estamos vivendo na pandemia (ele chama de "languishing", que seria algo como definhamento). Ele foi postado na segunda e assim que vi pensei "nossa queria que tivesse saído antes para eu mandar na cartinha de ontem". Vale muito a leitura.
Ano passado o Paul McCartney lançou um cd e, agora em abril, lançou uma versão do CD com as músicas regravadas ou remixadas por artistas atuais. Achei a seleção de artistas incrível (mesmo conhecendo metade só). Minhas favoritas são a com o Beck e a com a Phoebe Bridgers.
Minha amiga Amanda fez um insta de resenhas de livros e é simplesmente incrível. Os que eu já li, amo, e os que eu não li ainda, quero ler.
Minha amiga Pietra fez esse vídeo sobre o livro O feminismo é para todo mundo, da bell hooks. (sim essa newsletter é apenas um mero instrumento de divulgação das coisas maravilhosas que as minhas amigas fazem)
Pros usuários do Spotify, esse site aqui que mostra a nossa compatibilidade musical.
Já que o tema dessa cartinha foi a própria escrita, a playlist indicada dessa semana vai ser essa que eu fiz só com músicas que tem parênteses no título(e que eu gosto)
Opa, a cartinha dominical já virou de segunda, hora de encerrar.
Se cuidem,
Com carinho,
Laura